segunda-feira, 16 de abril de 2012

Anotem aí: falta pouco, muito pouco, quase nada, nada mesmo para que se atribua a Lula e a José Dirceu o escândalo Cachoeira.

Marco Maia rasgou o “Cortinão”



A nota do presidente da Câmara, Marco Maia, por mais que a imprensa a esteja escondendo, acaba de reduzir praticamente a zero a possibilidade de abafarem-se as ligações entre Carlinhos Cachoeira e as campanhas de mídia que se desenvolveram (ou se desenvolvem, melhor dizendo) contra os governos Lula e Dilma.
Aliás, não é outra a razão de terem mandado sua nota pública para “a Sibéria do esquecimento”. Não a publicam.
Porque é o primeiro e mais forte gesto de oposição a uma estratégia perversa que, com um roteiro fácil de adivinhar, vinha sendo seguido pelos jornalões.
Tão fácil que foi antecipado aqui, há dias:

Cabe hoje a Ricardo Noblat assumir que a CPI do Cachoeira não é uma imposição da dimensão do escândalo, mas uma conspiração perversa para encobrir o caso do “mensalão” e, pasmem, desestabilizar o Governo Dilma.
Conspiração de Lula e de José Dirceu, claro.
Folha, Estadão e O Globo, no final de semana, tiveram a mesma ideia, claro que casualmente.
Imprensar o novo presidente do STF, Carlos Ayres Brito, contra a parede, para colocar o caso do “Mensalão” sumariamente em julgamento.
Aliás, de preferência, um julgamento também sumário.
Que independa de provas, de contraditório. Afinal, o STM – Supremo Tribunal da Mídia – já condenou aquele que quer condenar: José Dirceu. Os outros 37 acusados nenhuma importância tem.
Porque a estratégia é simples: se Dirceu era o homem de confiança de Lula, condená-lo é condenar seu chefe.
Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, apareceu a ligação entre Cachoeira e o centro da campanha de acusações contra o governo Lula. Apareceu a cumplicidade entre o bicheiro e o centro do “Comando Marrom”, a Veja.
Num movimento de manada, foram todos correr atrás de uma improvável proteção: a da presidente Dilma.
Eles, que “adoram” a Presidenta – todos recordam como provaram isso na campanha, não é? – estão preocupadíssimos com os efeitos que a CPI possa causar a seu governo… Chegam a psicografar diálogos privados entre a Presidenta e Lula, onde ela suplicaria para que o “malvado” não deixasse a CPI sair.
Só um completo pateta pode acreditar nessa história. Claro que Lula e Dilma podem ter visões diversas sobre o timing político, mas é muito mais evidente que Dilma sabe que tudo que atinge o ex-presidente a atinge e vice-versa, porque ambos são protagonistas e alicerces de um único processo de transformação da vida brasileira.
Mas o “Comando Marrom” julga o caráter das pessoas pelas suas próprias deformidades. Vive num mundo de troca de vantagens e privilégios, onde o heroi de hoje é o lixo de amanhã. Não foram a Veja e a Globo que tiraram Fernando Collor do anonimato e fizeram dele presidente da República, para depois lançarem-no à vala, acusado dos mesmos esquemas que o envolviam antes, quando era um simples oligarca local?
Marco Maia furou este balão.
A CPI sai e não esconderá  as ligações entre Cachoeira e a Veja.
Não é uma cortina de fumaça, mas o fim de uma cortina de fumaça com que se encobria objetivos políticos inconfessáveis.
Se houve ou não o “mensalão”, cabe ao Supremo, livremente, julgar. Mas à CPI cabe, agora, revelar o submundo de promiscuidade entre a Veja e um bandido.
O Brasil está na iminência de tornar-se uma República.

Perceba como a Imprensa é uma Manipuladora de Mentes



Que mídia é essa?! 442 mil empregos gerados no trimestre e o destaque é negativoQue mídia é essa?! 442 mil empregos gerados no trimestre e o destaque é negativo

O dia em que eles derem uma notícia de forma positiva é capaz de acabar o mundo!!!

Obviamente, estou me referindo à mídia e sua forma preferencial de exercitar a síndrome de vira-latas da qual sofre grande parte dos brasileiros.

O que o G1 e outros portais de internet, bem como a TV e os jornais de grande circulação farão a partir de amanhã é transformar, assim como transformaram nessa manchete acima, uma boa notícia num fato aparentemente ruim com a adição de "recua 24,1%".

Notem que a expansão dos empregos se dá sobre a base já consolidada, não havendo portanto nenhum recuo e sim um incremento, em velocidade menor do que o ano anterior, é verdade, mas nada que justifique uma manchete como essa. Parece incrível mas a notícia ser dada deveria ser simplesmente essa:

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 442.608 empregos com carteira assinada nos três primeiros meses de 2012.

"Tal resultado mantém a tendência de expansão do emprego, assinalando, pela primeira vez, a partir de julho de 2011, uma elevação superior ao mesmo período do ano anterior."
Cá entre nós, 442 mil empregos gerados num momento em que a economia continua patinando fortemente em grande parte do mundo e, consequentemente, alguns países desvalorizam suas moedas artificialmente, sobrevalorizando o Real e dificultando nossas exportações, esse número de empregos gerados é a prova de que nossa política econômica continua acumulando acertos.

Para uma coisa essa manchete acima tem serventia; demonstrar mais uma vez a forma desleal pela qual a mídia desinforma e deforma a opinião dos brasileiros. Afinal de contas, transformar 442,6 mil empregos gerados num trimestre em pó, é algo que não dá para ser aceito, nem pelos menos críticos, nem pelos mais crédulos.

Diante de uma manchete manipulada como essa, acho que coberto de razão está o Caetano Veloso quando diz “Eu assisto ao Jornal Nacional não para saber o que aconteceu, mas para saber o que a Globo quer que eu ache que aconteceu”.

Não adianta a Globo mentir e espernear: vai ter que encarar a CPI do Cachoeira


Entrevista de Walter Pinheiro de ontem desmente o Globo de hoje.

A que ponto chega a manipulação do jornal "O Globo" em espalhar falsos boatos para tentar impedir a CPI do Cachoeira.

O jornal de segunda-feira é impresso na noite de domingo (ou primeiras horas de segunda), logo se o jornalista  quiser colher declarações deveria entrevistar no domingo durante o dia, do contrário terá que inventar ou publicará matéria com declarações antigas, da semana passada.

No domingo o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, concedeu entrevista em Salvador (BA) a outro veículo de imprensa, o Bahia Notícias, onde confirmou e defendeu a necessidade de CPI do Cachoeira. Eis alguns trechos da entrevista:
O Senado vai ter que tocar, de um lado, a quebra de decoro de Demóstenes, que representará a perda de mandato. Mas, por outro lado, não pode transformar toda essa rede de negócios montada por Carlinhos Cachoeira e que envolveu gente do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e da iniciativa privada em um fato no qual a cassação de mandato resolveria o problema. É importante que o Senado julgue o decoro, mas dê uma contribuição grande para que todas as coisas levantadas sejam apuradas
... o que é que nós estamos pedindo? Que os dados venham à tona, exatamente para evitar proteção, seja lá para quem for. É por isso que, quando nós pedimos inicialmente que os dados chegassem à Corregedoria e ao Conselho de Ética, era para a gente ter os dados e não ficar conhecendo em dose homeopática pela imprensa, entendeu? Como o Supremo Tribunal Federal informou ao Senado que não enviaria os dados, a não ser que tivesse uma CPI, então está aí a CPI. 
No mesmo domingo, às 19hs, o presidente da Câmara Marco Maia, outro petista publicou em seu site o artigo "Por que a Veja é contra a CPMI do Cachoeira?", não deixando qualquer dúvida quanto ao apoio à CPI.

Mesmo com tudo o que aconteceu na semana passada e isso aí acima que aconteceu no domingo, na edição de segunda-feira do jornal O Globo sai essa falsa notícia:





Durante o dia da segunda-feira, novos desmentidos. O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP) desmentiu qualquer recuo, assim como o senador Walter Pinheiro também declarou que a CPI não tem volta.

Afinal por que a Globo tem tanto medo da CPI do Cachoeira? Talvez o começo da resposta esteja neste artigo abaixo do jornalista Marco Aurélio de Mello:

Teria a Globo (Ali Kamel) se Banhado nas Águas Lindas de Cachoeira?

Por que a Revista Veja é contra a CPMI do Cachoeira?

 

Marco Maia manda a Veja parar de espernear contra a CPI do Cachoeira

O Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/RS), emitiu nota em resposta à revista Veja. Eis a íntegra (os grifos e negritos são nossos):

Tendo em vista a publicação, na edição desta semana, de mais uma matéria opinativa por parte da revista Veja do Grupo Abril, desferindo um novo ataque desrespeitoso e grosseiro contra minha pessoa, sinto-me no dever de prestar os esclarecimentos a seguir em respeito aos cidadãos brasileiros, em especial aos leitores da referida revista e aos meus eleitores:

- a decisão de instalação de uma CPMI, reunindo Senado e Câmara Federal, resultou do entendimento quase unânime por parte do conjunto de partidos políticos com representação no Congresso Nacional sobre a necessidade de investigar as denúncias que se tornaram públicas, envolvendo as relações entre o contraventor conhecido como Carlinhos Cachoeira com integrantes dos setores público e privado, entre eles a imprensa;

- não é verdadeira, portanto, a tese que a referida matéria tenta construir (de forma arrogante e totalitária) de que esta CPMI seja um ato que vise tão somente confundir a opinião pública no momento em que o judiciário prepara-se para julgar as responsabilidades de diversos políticos citados no processo conhecido como "Mensalão";

- também não é verdadeira a tese, que a revista Veja tenta construir (também de forma totalitária), de que esta CPMI tem como um dos objetivos realizar uma caça a jornalistas que tenham realizado denúncias contra este ou aquele partido ou pessoa. Mas posso assegurar que haverá, sim, investigações sobre as graves denúncias de que o contraventor Carlinhos Cachoeira abastecia jornalistas e veículos de imprensa com informações obtidas a partir de um esquema clandestino de arapongagem;

- vale lembrar que, há pouco tempo, um importante jornal inglês foi obrigado a fechar as portas por denúncias menos graves do que estas. Isto sem falar na defesa que a matéria da Veja faz da cartilha fascista de que os fins justificam os meios ao defender o uso de meios espúrios para alcançar seus objetivos;

- afinal, por que a revista Veja é tão crítica em relação à instalação desta CPMI? Por que a Veja ataca esta CPMI? Por que a Veja, há duas semanas, não publicou uma linha sequer sobre as denúncias que envolviam até então somente o senador Demóstenes Torres, quando todos (destaco "todos") os demais veículos da imprensa buscavam desvendar as denúncias? Por que não investigar possíveis desvios de conduta da imprensa? Vai mal a Veja!;

- o que mais surpreende é o fato de que, em nenhum momento nas minhas declarações durante a última semana, falei especificamente sobre a revista, apontei envolvidos, ou mesmo emiti juízo de valor sobre o que é certo ou errado no comportamento da imprensa ou de qualquer envolvido no esquema. Ao contrário, apenas afirmei a necessidade de investigar tudo o que diz respeito às relações criminosas apontadas pelas Operações Monte Carlo e Vegas;

- não é a primeira vez que a revista Veja realiza matérias, aparentemente jornalísticas, mas com cunho opinativo, exagerando nos adjetivos a mim, sem sequer, como manda qualquer manual de jornalismo, ouvir as partes, o que não aconteceu em relação à minha pessoa (confesso que não entendo o porquê), demonstrando o emprego de métodos pouco jornalísticos, o que não colabora com a consolidação da democracia que tanto depende do uso responsável da liberdade de imprensa.

Dep. Marco Maia,
Presidente da Câmara dos Deputados
Em 15 de abril de 2012