domingo, 10 de junho de 2012

Serra e a Folha estão com medo de Haddad, Lula e Dilma




Deu na Folha de São Paulo, coluna da Monica Bergamo:
É Dilma Rousseff, e não o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o personagem que preocupa a campanha de José Serra (PSDB-SP) em São Paulo, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição desta quinta-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Na análise da equipe tucana, o ex-presidente pode levar seu candidato, Fernando Haddad, a um patamar de até 40% dos votos. Mas tem teto na cidade, onde nunca venceu eleição. Já Dilma poderia fazer a diferença na classe média.
Vamos fazer as contas.

Serra atingiu um teto em torno de 30% das intenções de votos (isso antes do Pagot falar dos "sessentinha pro Serra" no Rodoanel).

Lula pode levar Haddad a 40%, o que já o colocaria na frente.

Aí entra o fator Dilma, bem avaliada na classe média conservadora (aquela que é mais refratária à Lula). E Serra encarna a figura do anti-Dilma em pessoa, depois da campanha de baixarias em 2010, e da insistência no discurso oposicionista até hoje, inclusive querendo nacionalizar a eleição paulistana. Então Dilma não vai apenas alavancar votos para Haddad, vai também retirar votos de Serra. E sem precisar fazer esforço, apenas pela própria imagem já consolidada do tucano.

Na verdade, os tucanos erraram na escolha do candidato. Escolheram o pior candidato possível, o mais desgastado, com maior rejeição e o mais vulnerável com a Privataria Tucana e com a CPI do Cachoeira, e com o fato de já ter ocupado a prefeitura e a ter abandonado sem ter feito nada em 15 meses. É muito estrago para um candidato só.