quinta-feira, 31 de maio de 2012

PAULINHO PINHEIRO, O PEQUENO TALENTO DO ARROCHA

Quem disse que tamanho é documento? Pra aqueles que acreditam nessa teoria,taí uma prova de que nada disso é verdade. Afinal, esse baixinho bota pra quebrar!







Demóstenes, em seu último ato, revela a farsa do ‘mensalão’

Fofocas são criadas por invejosos, espalhada por tolos e aceitas por idiotas!
Demóstenes Torres, com vários quilos a mais, ainda no tempo em que posava de defensor da moral e dos bons costumes


A guilhotina, durante a Revolução Francesa, era extremamente nervosa. Milhares perderam a cabeça por questões minúsculas, se comparadas ao que se assiste hoje nos julgamentos do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no Judiciário, e de seu cúmplice no Senado,Demóstenes Torres. Sem a menor desfaçatez, Demóstenesdá de ombros, desdenha dos brasileiros ao presumir como uma questão menor, com os valores que o levaram à cadeira dos réus perante o Conselho de Ética da Casa mais alta do Parlamento, o fato de um criminoso condenado pagar-lhe a conta do telefone, entre outras contas mais de que ainda não se têm notícia. Em um julgamento político, cada um dos “R$ 30 ou R$ 50″ que custaram cada mensalidade do rádio, usado para se comunicar com a gangue, transforma-se em milhões de bofetadas na face da Nação.
Fato é que a Polícia Federal chegou ao ninho das vespas e o país, cada eleitor, cada brasileiro, resolveu correr o risco e terminar com a infestação. Não importa se há zangões no Supremo Tribunal Federal (STF), governadores corruptos em Estados da Federação, empresários endinheirados à custa dos cofres públicos e jornais, revistas e jornalistas preparados pela organização criminosa para vender o caos em troca de um novo golpe contra o governo eleito. Esta parcela, a ínfima parte da população representada por cada um dos envolvidos na fabricação de uma cortina de fumaça para os olhos do Brasil, à qual integram os mesmos algozes da democracia durante os Anos de Chumbo, está hoje nas páginas dos inquéritos em andamento, nas escutas telefônicas realizadas com a autorização da Justiça, nos autos dos processos que seguem adiante, no tortuoso rito das cortes penais.
Ministros, parlamentares e alguns governadores, aninhados na certeza da impunibilidade, aplicaram golpes milionários sim, mas a aparência de normalidade que buscam passar por atos torpes, de menor importância para verdadeiros atentados criminosos, o semblante de coitado, carola recém-devoto, insone fariseu no pântano da maledicência, esta atitude mereceria, por si mesma, levar quem a adota ao caminho que Luís XV percorreu tempos atrás, embora este o tenha feito com a altivez que falta às personagens da ópera bufa ora em serviço. Se lhes respeitaria muito mais a coragem, caso empunhassem a bandeira da insolência e do escárnio com que trocavam mensagens, cifradas no pueril código dos ladrões, com os risos escancarados nos telefonemas de parabéns por mais um assalto bem sucedido ao Erário, na sebenta troca de amabilidades entre os ímpios, após arrastar os nomes de seus inimigos na lama do esgoto que corre pelas páginas dos meios de comunicação de que são sócios. Assim, teriam o direito a uma despedida honrosa, ao invés da lenta dissecação, em vida, pela qual passarão até o último de seus dias.
Vem o ainda senador Torres cotejar o sofrimento da família dele ao seu próprio, diante dos pares, como se isso fosse argumento, desculpas para a sordidez com que enganou, mentiu e, em segredo de polichinelo, urdiu contra o país e a ordem democrática, em seu proveito próprio e de seus cúmplices. Agora, quando não conta mais com o escudo da moralidade e a armadura dos bons costumes, dos quais se autodeclarava prócer e campeão, despido de qualquer autoridade moral, preferiu o ato contrito à ferocidade com a qual detratou todos aqueles que ousaram se insurgir contra o império que, por décadas, manteve ajoelhadas as instituições nacionais. Parece mais claro, neste momento, descerrado o pano em seu último ato, o enredo da peça infame que deu origem ao processo ora em curso no STF. Esclarecem-se, diante desta pífia audiência do canastrão, as reais intenções daqueles que desenharam a cena habitada por corruptores maquiavélicos, prestes a transformar o Brasil na República dos iníquos. Tatuaram as próprias intenções na pele de seus detratores e, com ajuda profissional de bandidos travestidos em jornalistas, popularizaram em folhetins, com o título de ‘Mensalão’, as caricaturas dos homens públicos que o país elegeu, exatamente para extirpar todos eles, a casta que aqui governava desde o golpe de 64.
Caiu por terra, nesta terça-feira, a casa de caboclo que armaram contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vários de seus ministros, entre eles o chefe da Casa Civil, José Dirceu. Ficou evidente o nível de interação entre as camadas que bradavam palavras de Liberdade e Justiça àquelas máfias formadas para sustentar os jatinhos e convescotes animados nas capitais europeias. Está escancarado, para quem quiser ver, o atrevimento da camarilha que ora se esfacela. Encerra-se, na lastimável performance do ex-líder da extrema direita, a falseta de um discurso que pecou contra os seus princípios. Mas é preciso ir adiante e, no rastro do bufão que entreteve a audiência dos telejornais, nesta noite, algemarem a mão que controla, ainda agora, os títeres abandonados à própria sorte, ainda que contem com o auxílio luxuoso dos mais caros advogados do país.
Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do Correio do Brasil.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O crime perfeito nas páginas da Veja



Se Gilmar Mendes dissesse, sem meias palavras, que Lula ofereceu proteção na CPI do Cachoeira em troca de adiar o julgamento do "mensalão", como escreveu a revista Veja,  poderia ser processado por crime de calúnia.

A pena poderia ser de 6 meses a 2 anos na Papuda, de acordo com o código penal.

Por isso, não surpreendeu seu recuo, e o desmentido às acusações graves contidas na revista Veja, quando concedeu entrevista à Globonews, em Manaus.

Então quem deveria passar 2 anos na Papuda é o editor da revista Veja, inclusive com as declarações de Gilmar na Globonews desmentindo as acusação da Veja, servindo como prova para condenação.

Mas com a frouxidão de nosso sistema judiciário, que confunde liberdade de imprensa com imprensa inimputável, nada disso acontece.

O crime de calúnia no Brasil, se cometido na imprensa e por simpatizantes dos demotucanos, tornou-se um crime perfeito.

A matéria da Veja usa de um biombo para publicar calúnias, escapando de ser condenada.

Oficialmente, não foi Gilmar Mendes quem concedeu entrevista para Veja. A matéria da revista teria sido apurada reconstituindo diálogos com diversos "interlocutores" de Gilmar, e muitos falando em off, inclusive dois senadores (quem sabe um deles não seja o Demóstenes Torres).

A revista diz que Gilmar havia confirmado, mas confirmado o quê? A única frase na revista atribuída à ele é "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula". Nada que comprometa judicialmente, e nada que autorizasse a revista a imputar crimes à Lula.

Eis o truque: Gilmar teria falado a interlocutores, que teria falado à Veja em "off", e a Veja diz ter confirmado com Gilmar (mas só a perplexidade).

Jornalismo decente teria feito a pergunta clara e objetiva: "Houve proposta de proteção na CPI em troca de adiamento do mensalão, como seus interlocutores dizem?" Se Gilmar não confirmasse, como não confirmou na Globonews, a revista não poderia publicar uma acusação destas, como publicou, construindo um texto ardiloso para enganar o leitor como se Gilmar tivesse confirmado tudo o que está escrito, e sem se comprometer juridicamente.

(Ressalte-se que Gilmar Mendes poderia ter desmentido no sábado, se quisesse evitar que o boato da calúnia se espalhasse, mas optou por deixar que se espalhasse mesmo, com as mais diversas versões, e só desmentiu na segunda-feira).

Logo, oficialmente, não foi Gilmar quem caluniou, não foi "A", nem "B", e nem a revista assume a autoria, atribuindo a uma fonte em "off" que diz ter ouvido de Gilmar Mendes. Qual fonte? A revista Veja esconde-se atrás do biombo do sigilo da fonte, para poder publicar a calúnia, sem revelar quem caluniou.

De certa forma, ao que tudo indica, a parceria Veja-Cachoeira também usava esse modus operandi. Oficialmente havia a relação fonte-revista. Extra-oficialmente havia interesses escusos de derrubar desafetos de cargos, inclusive eleitos, interferir em eleições através de escândalos pré-fabricados, e bombardear concorrentes empresariais.

O código penal é claro:

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

A liberdade de imprensa, e de expressão, é plena e não cabe falar em retorno de censura. Cada um publica o que bem entende, mas convenhamos que, se uma revista publicar fotos de pedofilia recebidas em "off", seu editor irá preso, e a revista recolhida imediatamente. Ninguém falará que a liberdade de imprensa foi afrontada, nem que houve censura, pois o que se estaria fazendo é combater um crime.

Então por que o mesmo não vale com outros crimes publicados na imprensa, como de calúnia, formação de quadrilha para atividades clandestinas, etc?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Veja & Gilmar Mendes: a arte de espalhar boatos sem ser processado




Causou muito barulho uma matéria publicada na revista Veja que acusa, na versão da revista, o ex-presidente Lula de "pressionar" o ministro do STF, Gilmar Mendes, para atrasar o processo do "mensalão" em troca de "blindar Gilmar na CPMI do Cachoeira".
A estória já é inverossímil nos termos narrados pela revista, e o ex-ministro Nelson Jobim (PMDB), testemunha da conversa, já desmentiu ter havido qualquer pressão ou negociação de blindagem.Mas há uma malandragem por trás do texto, para espalhar boatos, minimizando riscos de processos e desmoralização do ministro envolvido.
A matéria é uma narrativa do repórter, não é uma entrevista com Gilmar Mendes. O repórter narra "o que ficou sabendo" ao ouvir "interlocutores" do ministro do STF. Ou seja, as graves acusações não saíram da voz do ex-ministro, e sim dando um volta, ouvindo diversas pessoas a quem Gilmar teria contado, e "reconstituído" a história a partir dos retalhos ouvidos de cada pessoa.
A única frase que aparece como se fosse pronunciada pelo próprio Gilmar Mendes foi: "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula".Ou seja, se interpelado, Gilmar só precisa confirmar que ficou perplexo, e que entendeu ter ouvido insinuações despropositadas. Nada que gere consequências. 
O resto é tudo por conta da Veja. E a Veja, se interpelada, também pode recorrer ao sigilo da fonte, mas revelar o que teria colhido ou inventado na "rádio corredor" sabe-se lá de onde.Enquanto isso, enquanto boatos e versões corriam durante o fim de semana, Gilmar Mendes em pessoa tomou "um chá de sumiço". Não foi encontrado para nenhuma entrevista para falar do assunto.
Quem atendeu à imprensa foi a testemunha do encontro, Nelson Jobim. Desmentiu ao jornal Estadão, depois desmentiu ao jornal "O Globo" na coluna de Moreno, que, ironicamente (ou cinicamente, não se sabe), disse que tentou falar com Gilmar, mas não conseguiu. Apenas conseguiu falar com "uma amiga" dele, que teria "confirmado" o que está na revista.
E Moreno diz que, entre o desmentido na própria voz de Jobim e o silêncio Gilmar, ficava com a segunda versão (!) pois achava a voz de Jobim "estranha" e o silêncio de Gilmar, uma confirmação de que sua versão seria a verdadeira (!).No jornal "O Globo", em nova matéria "apurada" por Moreno, vê-se que tomou gosto pela ironia e cinismo. Ele conta uma estória tão surreal que é óbvio que é para ser lida do avesso.
O ponto alto é este trecho:"... Convém esclarecer, também, que tudo isso e o que se segue foram reconstruídos seguindo os rastros das conversas que o ministro Gilmar Mendes passou a ter com vários interlocutores sobre o ocorrido". – No texto ainda deixa escapar o nome do líder do DEM no senado, José Agripino Maia.
Nos próximos dias, Gilmar Mendes seguirá sob os holofotes. Os boatos e versões correram, e a repercussão deles também. Depois do desmentido de Jobim, se chamado às falas por seus colegas do Supremo, já que a imagem do próprio STF está exposta, poderá se safar dizendo que só falou a referida frase acima. O resto é versão da revista ou dos interlocutores ouvidos pela revista.
Convenhamos que no "jornalismo" da velha imprensa brasileira existe sim o "crime" perfeito". Pelo menos de calúnia e difamação.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

STJ: Acusados no mensalão ficam livres de ação por improbidade



"Acusados no escândalo do mensalão ficam livres de ação por improbidade

José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, Sílvio Pereira, Marcos Valério de Souza, Anderson Adauto Pereira e outras nove pessoas acusadas de envolvimento no chamado “escândalo do mensalão” ficaram livres de responder a uma ação civil pública por improbidade administrativa."

O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Em primeiro grau, a Justiça Federal rejeitou a ação de improbidade administrativa contra 15 pessoas. No caso de José Dirceu e Anderson Adauto, a ação foi recusada por atipicidade das condutas atribuídas a eles.

Quanto aos demais, o juiz entendeu que eles já respondem a outras quatro ações que tratam da mesma conduta tipificada como ímproba. Para o magistrado, o MPF estava tentando pulverizar ações de improbidade idênticas, “não devendo uma pessoa responder pela mesma conduta em cinco processos distintos”.

O TRF1 rejeitou a apelação do MPF contra a decisão de primeiro grau por razões processuais, pois foi apresentado o recurso errado. O acórdão destaca que, de acordo com a jurisprudência, o recurso cabível de decisão que extingue o processo, sem exame de mérito, com relação apenas a alguns acusados é o agravo de instrumento.

Ao analisar o recurso especial, o ministro Humberto Martins ratificou o entendimento do TRF1, que segue sedimentada jurisprudência do STJ. Ele afirmou que o caso trata de decisão interlocutória recorrível por meio de agravo, “caracterizando erro grosseiro a interposição de apelação”. Dessa forma, o ministro, em decisão individual, não conheceu do recurso. Do STJ


De um lado, Lula, Dilma, e PF fazendo 'faxina' no Brasil... do outro, Cachoeira, PSDB, Demóstenes, Perillo, Gilmar, Veja, Globo



O PSDB inteiro resolveu enfiar o pescoço na guilhotina de uma vez por todas, ao carimbar na testa o selo de partido do bicheiro Cachoeira, anti-Lula.

Quem será o "gênio" que teve essa ideia de jumento?

Será o deputado Antônio Carlos Leréia (PSDB-GO) enquadrando o resto do PSDB a seguirem a liderança do bicheiro Cachoeira?

Será Marconi Perillo (PSDB-GO) dizendo que se cair, leva outros tucanos juntos?

Será Aécio Neves (PSDB-MG) às voltas com aparelhamento do estado de Minas por Cachoeira?

Será José Serra (PSDB-SP) e Paulo Preto, dizendo que não se larga um líder ferido na estrada?

Pois o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Francischini (PSDB-PR), aquele que é 'tchutchuca' com os tucanos do Cachoeira,  agora aparecem enquadrados na defesa de Cachoeira-Desmóstenes-Marconi-Veja-Gilmar e querem voltar sua artilharia contra Lula.

Ridículos, falam em varrer para debaixo do tapete Cachoeira e suas relações com Demóstenes, Leréia, Marconi Perillo, Paulo Preto, Siqueira Campos, Beto Richa, a parceria Veja-Cachoeira, o caso CELG-Gilmar, a viagem a Berlim, os R$ 8,25 milhões da JC Gontijo, e "convocar" logo o presidente Lula, atacado por esta turma porque apoiou uma CPI para desbaratar esse esquema que era tão nefasto que há até telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira falando sobre derrubada da Presidenta Dilma, através de matérias de Policarpo Júnior na revista Veja.

Fala sério, tucanada. Tenham um pouco de vergonha na cara para fazer uma faxina em sua própria casa, pelo menos no que já está fedendo de tão podre.

Alguém duvida que, se não tivessem foro privilegiado, Demóstenes e Perillo já estariam no presídio da Papuda? Junto com Cachoeira e com o tucano Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia?

O PSDB perdeu o pudor de exibir-se do lado de Cachoeira. Não é só a casa de Perillo que caiu com Cachoeira. É o partido inteiro.

Como é bom ver que Lula, Dilma, a Polícia Federal, os bons procuradores do Ministério Público, os bons parlamentares estão de um lado, oposto ao do outro lado do bicheiro Carlinhos Carlinhos em parceria com o PSDB, com seus Marconi Perillo, Alvaro Dias, Franscischini, José Serra, Paulo Preto, Aécio Neves, etc.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Herrera para a Globo: “música pra que?”


por Rodrigo Vianna


O Herrera já jogou no meu time, o Corinthians. Centroavante esforçado, o argentino está longe de ser craque. No Botafogo, tem ficado no banco. Nesse domingo, o Fogão perdia de 1 a zero quando Herrera veio a campo, no início do segundo tempo. Ele fez a diferença. Placar final: Botafogo 4 x2 São Paulo F.C., com 3 gols do Herrera.
O jovem repórter que acompanhava o Botafogo, na transmissão da Globo, correu até o Herrera no fim do jogo. Fez o correto: o argentino era o personagem do jogo. Mas o repórter caiu numa cilada. Resolveu ser “engraçadinho”, talvez contaminado pelo clima geral nos programas esportivos da emissora (atenção, nas transmissões há muita gente boa na Globo, que cobre futebol com classe e competência; mas, nos programas, a regra geral da nova geração é ser “soltinha” e “engraçadinha”): em vez de perguntar sobre o jogo, resolveu perguntar que música Herrera pediria no “Fantástico”.
Aparentemente, Herrera (da mesma forma que esse escrevinhador)  desconhecia o fato de que goleadores tem o “direito” de pedir musiquinha no programa da Globo. O argentino foi seco: “Música pra que?” O repórter insistiu, e Herrera: “não, eu não peço música não; fico na música minha…” Mas “nem em castelhano”, quis saber o jornalista: “Não, nenhuma”.
Tudo isso ao vivo, como se pode ver aqui – http://www.youtube.com/watch?v=XfFfXu4UVm8.
Herrera virou tema no twitter, é claro. Centenas, milhares de mensagens… A maioria, de apoio ao atacante.
Mais tarde, no “Fantástico”, a surpresa (eu disse “surpresa”?). A Globo resolveu tripudiar. Tratou o comportamento do goleador botafoguense como “mistério”. Como se houvesse algum.  O cara simplesmente  disse “não”. É simples.
Para o Herrera, e milhares de torcedores, essa história da Globo querer pautar horários, comemoração e até a trilha sonora dos gols é de uma babaquice sem tamanho.
Pra completar a noite, um repórter (de Esportes) da Globo resolveu atacar o Herrera. E escreveu o seguinte no twitter: “Golaço do Fantástico. Tratou com normalidade e humor, o babaca do Herrera.”
A pancadaria entrou noite adentro. Foi mais um episódio didático, a mostrar como trabalham aqueles que se dizem preocupados com a defesa da “liberdade de imprensa” no Brasil. Um leitor, no twitter, fez o comentário certeiro: 
@adamastaquio “Essa é a Globo e seu modo truculento de agir! Imagina o q a Globo n faz com coisa séria então… Tipo eleição!”
A gente sabe bem… Viu em 82 com o Brizola, em 89 com o Lula. E, quando se achou que isso estava superado, voltaram a atacar em 2006 e 2010…
O caso Herrera talvez ajude um público menos politizado a entender como eles operam. Por isso, tanto político em Brasilia tem medo de dizer não pra Globo. Precisa ser casca grossa, feito o Herrera…
Não se sabe o que vai rolar. De repente, pedem pra ele se retratar nos próximos dias, pra amaciar com a Globo. Pode até ser. Mas espero que o Herrera siga firme e honre as tradições de Paulo Cesar Caju, Afonsinho e João Saldanha – botafoguenses ilustres que não baixavam a cabeça pra milico em plena ditadura, muito menos pra jornalista (ou jornalismo) babaca.
Viva o Herrera!

É possível pensar a Venezuela sem Chávez?


Insubstituível? Juan Barreto / AFP
No dia 7 de outubro deste ano, os(as) venezuelanos(as) novamente decidirão sobre o comando político e econômico de seu país. As mais variadas pesquisas apontam, até o momento, a vitória do atual Presidente Hugo Chávez. Com a sua doença muita se especula da sua capacidade de fazer campanha e de sua disponibilidade real em governar, caso seja reeleito.
Neste sentido, uma pergunta é inevitável: É possível pensar a Venezuela sem Chávez no comando? Primeiro é importante destacar: desde quando foi eleito em 1998, nenhum outro governante em todo o mundo venceu tantas disputas nas urnas, entre referendos e eleições, em tão pouco tempo. Foram doze vitórias. E, ao mesmo tempo, é extremamente difícil encontrar na história política mundial um Presidente que foi deposto e, em 48 horas, reconduzido ao poder pela pressão das massas populares.
Desde que assumiu, uma das principais mudanças políticas foi a Reforma Constitucional – diga-se de passagem, a Constituição venezuelana é bastante similar à brasileira – na qual introduz novas formas de participação que definem um regime político que combina as formas tradicionais da democracia representativa liberal (separação de poderes e a eleição de autoridades executivas e legislativas nos níveis municipais, estatais e nacionais), com formas de democracia direta, “participativa e protagônica”. Portanto, há uma certa polarização e politização de chavistas e anti-chavistas não somente pela disputa eleitoral e de poder, mas também por qual Venezuela quererão para o futuro.
Do ponto de vista econômico e social, com a consolidação da reforma petroleira em 2001, devido à reforma constitucional, as leis habilitantes e lei específica de hidrocarbonetos e, principalmente após o golpe de abril de 2002 e a retomada do governo e sua reestruturação, a partir de 2003, começa a consolidar políticas sociais denominada de misiones.Estas atingem aproximadamente 70% da população e ao mesmo tempo cria-se o FONDEN (Fundo de Desenvolvimento Nacional), com a finalidade de desenvolver empresas e empreendimentos que não estejam atrelados ao ramo petrolífero, ou seja, desenvolvendo o processo de substituição de importações, com recursos do petróleo.
Portanto, é neste momento, pós-golpe de Estado, que Hugo Chávez vem consolidar a distribuição da renda petroleira ao povo venezuelano. Algo muito similar ao que foi desenvolvido a partir de 1976, pelo então Presidente Carlos A. Pérez, com forte política social, nacionalizações de empresas e aumento do gasto público provenientes do petróleo.
Apesar dos avanços e a melhoria da qualidade de vida dos(as) venezuelanos(as) através da ampliação das políticas públicas via alta estrutural dos preços do petróleo, o Estado continua ineficiente, lerdo, corrupto e avesso às interferências populares, de certa maneira, as limitações de ação do governo Chávez são as limitações atuais da esquerda mundial, entretanto, a Venezuela é, com todos os problemas, o país onde mais se avançou, na contestação ao neoliberalismo e no questionamento do poder global norte-americano.
Com ou sem Chávez, a propalada revolução venezuelana ainda está por acontecer. Mas não se pode negar, na última década, as políticas internas e externas de Hugo Chávez interferiram e interferem direta e indiretamente na política latino-americana. O quanto o chavismo avançará, dependerá do grau de politização do povo venezuelano. Ao que tudo indica, basta observar o contragolpe de abril/2002, os ideais e as ideias de Hugo Chávez poderão sofrer uma certa dificuldade, mas ainda, a tendência de florescer no âmago dos(as) venezuelanos (as) é alta.
Desde sua eleição em 1998, nenhum outro governante do mundo venceu tantas disputas nas urnas

Internacional

Paulo Daniel

Paulo Daniel

Chavismo


domingo, 20 de maio de 2012

Revista Exame (dos donos da Veja) escolheu Delta a 3ª melhor empreiteira do Brasil



E agora, Reinaldo Azevedo?

http://goo.gl/ZnYi9

Pouco tempo antes da Operação Monte Carlo da Polícia Federal importunar a parceria Veja-Cachoeira, a última edição anual "Melhores e Maiores" da revista Exame escolheu a empreiteira Delta como a 3ª melhor empresa do Brasil no ramo de construção.

A revista Exame é uma publicação da Editora Abril, dos mesmos donos da revista Veja.

A edição anual 2011 da revista apontou a empreiteira Delta como a 3ª melhor do Brasil. Isso foi há apenas um ano atrás, época em que o jornalista de revista Veja, Policarpo Júnior, costumava almoçar com Carlinhos Cachoeira, e o jornalista sabia das ligações da Delta com o bicheiro, segundo interceptações telefônicas da Polícia Federal.

Como se vê, a Delta gozava de uma reputação semelhante à de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) nas páginas das revistas do chefão Roberto Civita, antes da Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Hoje, com a prisão de Cachoeira, o que se observa é uma "mudança de opinião". Da noite para o dia a Delta virou "a pior empresa do Brasil" nas páginas da Veja, o que leva a perguntar: os leitores da Exame e da Veja foram enganados nos anos anteriores?

Outro desdobramento dos fatos é a indicação de haver um racha nos bastidores da parceria Veja-Cachoeira com a empreiteira, após a demissão de seu diretor Cláudio Abreu, também preso com Cachoeira, e que mantinha encontros com o diretor da Veja, Policarpo Júnior.

A revista Veja continua leal à seu pacto de proteção a Carlinhos Cachoeira, pois continua o poupando de uma reportagem de Policarpo Júnior contando o que via quando frequentava a cozinha da organização criminosa (*). Mas o que se nota é um racha entre o núcleo Veja-Cachoeira-Claudio Abreu com a cúpula da matriz da Delta.

Em 2001 e 2002, Exame escolheu a Delta como a nº 1, a melhor empresa de construção 

Na publicação do Perfil Institucional 2006/2007 da empreiteira, é citado o "reconhecimento na mídia", com  página inteira dedicada à revista Exame. Lá mostra que a publicação da Editora Abril a coloca sempre entre as 10 melhores empreiteiras. No ano de 2001 e 2003, foi escolhida a melhor de todas, ocupando o 1º lugar. Nos anos de 2005 e 2007 ocupou o 2º lugar.

CLICK NA IMAGEM PARA AMPLIAR
fontePerfil Institucional 2006/2007   

(*) Jornalista pode contar fatos, o que viu e o que vivenciou, sem dizer quem forneceu informações em "off", não violando quebra de sigilo da fonte. O compromisso do jornalista é tão somente não contar quem forneceu a notícia, e nunca ocultar a própria notícia. Por isso Policarpo podeira dizer muito do que sabe, sem ferir nenhuma regra do jornalista em preservar as fontes que pedem anonimato.

#VejaTemVagaParaPauteiro está bombando no twitter



Sobrinha de Cachoeira conseguiu o almejado emprego, falado na Veja.

A revista Veja virou alvo de mais uma piada pelos tuiteiros, neste sábado.

Na capa desta semana, a revista oferece o elixir mágico do emprego perfeito. Juntando ao fato da revista ter perdido o pauteiro Carlinhos Cachoeira, desde quando foi preso, os tuiteiros criaram a "hashtag" #VejaTemVagaParaPauteiro

"Como fazer o emprego correr atrás de você" - diz a revista.

Bom, eu não leio a Veja, mas levando em conta a parceria editorial Veja-Cachoeira, posso imaginar que seja assim:

Peça ao titio Cachoeira para pedir uma boquinha no governo de Minas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Com a sobrinha do bicheiro deu certo. Ela conseguiu ser nomeada para um cargo de chefia no governo tucano.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Deputada Lauriete Aplaude Atitude Corajosa da Presidenta Dilma Rousseff


Royalties: Dilma em defesa dos municípios produtores


A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu os estados produtores do petróleo e a manutenção dos contratos já licitados durante a aberta da 15ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília. O evento reuniu cerca de 3,5 mil prefeitos na capital e, em sua imensa maioria, eles favoráveis a uma nova partilha dos roylaties do petróleo. A presidente foi vaiada pelos políticos pelo seu posicionamento. 

"Petróleo, vocês não vão gostar do que eu vou dizer. Não acreditem que vocês conseguirão resolver a distribuição de hoje para trás. Lutem pela distribuição de hoje para frente", disse Dilma Rousseff. O pronunciamento foi uma resposta a alguns prefeitos, que pediram da presidente um posicionamento a respeito da questão. 

A polêmica dos royalties envolve a briga por estados produtores e não produtores pelos tributos pagos aos estados onde o petróleo é extraído. Hoje, Rio de Janeiro e Espírito Santo são os principais beneficiados pelo modelo.

A visão de Dilma é oposta à do presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. Ele acredita que não existe município ou estado produtor. Para os defensores desta teoria, o petróleo pertence exclusivamente à União e deve ser repartido igualmente entre todos os estados.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Prevaricador Geral da República


Fim de linha para Gurgel: ele piscou e passou recibo. Algo mortal na política 

Blog do Rovai

O Procurador Geral da República saiu em sua própria defesa na tarde de ontem.

Foi um péssimo advogado de si mesmo. E o conteúdo das frases que disse deixam claro duas coisas.

1) Ele não tem como explicar porque engavetou o processo contra Demóstenes e Cachoeira mesmo com tantas evidências de que ambos articulavam um grupo que operava crimes contra o Estado.

2) A falta de justificativa para o que fez o levou a invocar o mantra do mensalão, com o objetivo de criar uma cortina de fumaça e ganhar a mídia tradicional e o que resta da oposição raivosa para a sua defesa.

Uma pessoa no cargo que ele ocupa só assume tão deliberadamente um lado quando sente que o furo no bote é grande e o número de passageiros é maior do que o de boias. Ou seja, bateu o desespero.

Não fosse isso, Gurgel explicaria o caso e se disporia a dar explicações. Além disso, tentaria buscar pontes na base do governo para apresentar suas justificativas.

Qualquer pessoa com o juízo em dia e que não estivesse sobre forte pressão por conta de ter sido pega no pulo, faria isso.

Gurgel, no entanto, piscou e passou recibo.

Em política isso é mortal. Gurgel acabou.

Este sósia do Jô Soares tão tucano quanto o original, porém muito mais limitado, ao partir para o ataque contra os parlamentares da CPI, acusando-os de retaliação por causa do julgamento do mensalão, tentou na verdade, criar uma cortina de fumaça, para esconder o fato de não ter investigar o relacionamento entre o bicheiro Cachoeira e o senador do Demóstenes do DEM. Para isso ele faz o jogo da mídia tucana e do PSDB, que é colocar a culpa no PT por tudo. A partir daí só está faltando a mídia transformá-lo em herói, ao lado de Demóstenes, Arruda e outras "peças" manjadas da política.

Farmácia Popular terá remédio de graça para asma


A partir de junho, população poderá retirar gratuitamente três medicamentos para a doença nas unidades da rede própria e privada





A partir de 4 de junho, o Ministério da Saúde incluirá no programa Saúde Não Tem Preço medicamentos para asma de forma totalmente gratuita à população. Além de já ter acesso a 11 medicamentos para hipertensão e diabetes nas 554 farmácias populares da rede própria (administradas e montadas pelo governo) e 20.374 da rede privada, a população poderá retirar mais três medicamentos para asma, em dez apresentações. São eles: brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol.

A ação faz parte do programa Brasil Carinhoso, lançado, nesta segunda-feira (14), pela presidente Dilma Rousseff. O objetivo do programa é tirar da miséria crianças de 0 a 6 anos de idade. Para atingir essa meta, o governo vai ampliar o Bolsa Família, aumentar o número de creches no país e a distribuição de medicamentos para crianças. "O Estado brasileiro tem o compromisso e o dever de cuidar de suas crianças. Somente é possível retirar uma criança da miséria se retirarmos toda sua família", avaliou a presidente, durante lançamento do programa.

A expectativa do ministério é que a inclusão dos medicamentos tenha impacto positivo especialmente na saúde infantil. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da inclusão dos medicamentos no programa. "Estamos dando um passo importante para reduzir o número de internações e de óbitos que ainda existem. Nós não só estamos salvando vidas, mas estamos também estimulando melhor o desenvolvimento", disse o ministro.

Os medicamentos incorporados já fazem parte do elenco do programa Farmácia Popular, ou seja, são ofertados à população com até 90% de desconto nas unidades da rede própria e privada. Com a inclusão deles no Saúde Não Tem Preço, o valor de referência (estabelecido pelos laboratórios produtores) será mantido e o governo assumirá a contrapartida que era paga pelo cidadão.

A incorporação deles ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é de R$ R$ 836 milhões.

A gratuidade deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano. Atualmente, o programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento de asma. A estimativa do ministério é que, com a gratuidade, este número possa quadruplicar – como ocorreu com os medicamentos para hipertensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa Saúde Não Tem Preço, iniciado em fevereiro de 2011.

Alta procura
A inclusão dos medicamentos para asma no programa aconteceu porque, após a gratuidade dos remédios destinados a hipertensão e a diabetes, foi percebido que a venda dos medicamentos para asma foi a que mais apresentou crescimento nas farmácias populares, chegando a 322% de aumento entre fevereiro de 2011 e abril de 2012.

Além disso, a asma está entre as doenças crônicas não transmissíveis, importante do ponto de vista epidemiológico e foco de ações estratégicas por parte do Ministério da Saúde desde o ano passado, com ações previstas no "Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022".

Governo vai usar campanhas de vacinação para identificar crianças com deficiência de vitamina A




Brasília – O Ministério da Saúde vai usar as campanhas nacionais de vacinação para identificar crianças de  seis meses a 5 anos que tenham deficiência de vitamina A. A iniciativa faz parte do programa Brasil Carinhoso, lançado hoje (14) pela presidenta Dilma Rousseff, e visa a  beneficiar 2 milhões de famílias que vivem na extrema pobreza.
O controle será realizado pela caderneta de vacinação infantil. As crianças que estiverem em déficit da vitamina receberão a dose suplementar no próprio local de aplicação da vacina. As equipes do programa Saúde da Família também serão orientadas a identificar as crianças que necessitem da suplementação para encaminhá-las aos postos de saúde.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, as campanhas funcionarão como uma busca ativa de crianças que não receberam as duas doses necessárias da vitamina. Atualmente, 20% das crianças brasileiras têm deficiência de vitamina A, o que pode provocar deficiência visual. De acordo com o Ministério da Saúde, a suplementação adequada reduz em 24% o risco de morte infantil e em 28% a mortalidade por diarreia.
A partir de agosto, o governo vai ampliar a distribuição de doses de vitamina A e sulfato de ferro para as crianças nas unidades básicas de saúde, como são denominados os postos de saúde, centros que oferecem consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, a ação é feita em 2.048 municípios.
“Temos de enfrentar o problema da anemia, que é um problema crônico, e a falta de vitamina A, que pode ter um impacto muito grande na mortalidade infantil. Hoje,  de cada cinco crianças uma tem anemia. Uma alimentação balanceada não é o suficiente, por isso estamos mobilizando as unidades básicas [para garantir os suplementos]”, disse o ministro.
Além disso, o governo vai distribuir, de graça, remédio para o tratamento da asma nas farmácias populares. Segundo Padilha, a asma é a segunda principal causa de internação de crianças de até cinco anos no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Oitenta e oito mil crianças foram internadas no SUS por asma ou complicações. Estamos dando um passo muito importante. Vamos cuidar melhor das nossas crianças e estimular o desenvolvimento”, afirmou. (Agência Brasil)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quem é quem na Comissão da Verdade



A presidenta Dilma escolheu os sete membros que comporão a Comissão da Verdade, para esclarecer episódios nebulosos ou ocultos da ditadura, tais como o destino dos ainda desaparecidos e outros atos arbitrários.

Eis os escolhidos:

Maria Rita Kehl 

Psicanalista, ensaísta. Quando fez mestrado em 1979, sua tese apresentada foi "O Papel da Rede Globo e das Novelas da Globo em Domesticar o Brasil Durante a Ditadura Militar".  Editou o "Jornal Movimento", influente na resistência a ditadura. Como jornalista, escreveu para jornais e revistas da chamada grande imprensa (atual PIG).

Rosa Maria Cardoso da Cunha 


Advogada, professora e escritora. Durante a ditadura especializou-se na defesa de presos políticos, quando defendeu a própria presidenta Dilma. Foi Secretária Adjunta de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no governo de Leonel Brizola.

Claudio Fontele 

Exerceu o cargo de Procurador-Geral da República de 2003 a 2005, indicado pelo presidente Lula. Nos anos 60, atuou no movimento estudantil da esquerda católica e pacífica, militando politicamente na AP (Ação Popular). É membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Lutou pela demarcação de terras indígenas.

Gilson Dipp 

Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foi corregedor do CNJ entre 2008 e 2010, antecedendo Eliana Calmon. Preside a Comissão de Juristas para elaborar o anteprojeto de mudanças no Código Penal.

José Carlos Dias 

Advogado criminalista, foi Ministro da Justiça durante o governo FHC (julho de 1999/abril de 2000).  Foi Presidente da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, e Presidente do Conselho Superior de Coordenação do Instituto Latino Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud).

José Paulo Cavalcanti Filho 

Advogado no Recife. Consultor da Unesco e do Banco Mundial. Ex-Ministro Interino da Justiça no governo José Sarney, e ex-Presidente do CADE no mesmo governo.

Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro 

Professor universitário de Ciência Política, escritor e consultor. Foi Secretário Especial dos Direitos Humanos no governo FHC e relator do Programa Nacional de Direitos Humanos, PNDH, em suas duas primeiras versões em 1996 e 2002. Foi um dos nomeados pelo Presidente Lula para preparar um projeto de comissão verdade no Brasil. Trabalhou para diversos organismos internacionais ligados à Direitos Humanos e proteção da infância.

As biografias mais completas de cada um podem ser vistas aqui.

Agora é oficial: documento derruba Gurgel



Um ofício divulgado pela Procuradoria-Geral de Justiça de Goiás derruba a versão de Gurgel.

Em 8 de março deste ano, o Ministério Público de Goiás, para afastar suspeitas sobre o chefe do órgão, Benedito Torres, irmão do senador Demóstes Torres (ex-DEM-GO), divulgou nota comprovando que a Operação Monte Carlo surgiu a partir de 10 de setembro de 2010, através de um ofício à Polícia Federal pedido pela Promotoria de Justiça na cidade de Valparaíso.

Com este documento fica comprovado que, do lado dos agentes da lei, não houve continuidade da Operação Vegas como alegou o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e que entre 15 de setembro de 2009 até 10 de setembro de 2010, a organização criminosa atuou sem ser importunada por investigações federais, enquanto o relatório da Operação Vegas dormia na gaveta da Procuradoria.




Eis a íntegra do documento:

Em côro Gilmar, Gurgel, Alvaro Dias, Aécio, Veja, Folha, Globo gritam "mensalão" para abafar Cachoeira



Só faltava a abalizada opinião do excelentíssimo ministro Gilmar Mendes do STF, sobre as declarações do PGR. Não falta mais.


Para ele também, tudo se explica com o "mensalão" que virou a resposta padrão, pau para toda obra, quando gente graúda de todos poderes da República alinhadas com a, digamos, ideologia demotucana, se vêem metidos em escândalos.

Semanas atrás essa pauta foi lançada pela revista Veja, que produziu uma capa dizendo que a CPI do Cachoeira era cortina de fumaça contra o "mensalão".

Ontem foi o Procurador-Geral da República que disse não dever explicações à nação pelo engavetamento da operação Vegas da Polícia Federal por quase 3 anos, dizendo que é tudo culpa do "mensalão".

Gurgel foi um pauteiro de primeira para o Jornal Nacional, que levou suas declarações ao ar com destaque, fazendo a alegria dos políticos e maqueteiros demotucanos, gratos pela campanha eleitoral negativa contra seus adversários, extemporânea e gratuita.

O líder do PSDB no senado, Álvaro Dias, disse a mesma coisa, ao dar entrevista coletiva.

A previsível revista Veja também, fugindo de seu envolvimento com Cachoeira, obviamente aplaudiu o que chamou de "coragem" do Procurador-geral.

Hoje, a manchete do jornal "Folha de São Paulo" foi:


Mais uma peça de propaganda política para os arquivos dos marqueteiros de campanha de José Serra (PSDB) e demais demotucanos.

O senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que já apareceu nos autos da operação Monte Carlo nomeando uma sobrinha de Cachoeira, também repetiu o mesmo bordão e acusou o PT de usar a CPI do Cachoeira para desviar o foco do julgamento do "mensalão".

Tá tudo dominado. Tem água de Cachoeira vazando para tudo quanto é lado, e haja "mensalão" para tampar os vazamentos.